quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

RESGATEM O CISNE BRANCO

Estando no litoral sem a pressão do dia a dia, parece que ficamos mais ligados nos acontecimentos da natureza, pelo menos comigo acontece isso. Já observei as Brumas de Capão na virada de 2013 para 2014, as Pedaladas de Capão, de 2015 para 2016, onde, em 31 de dezembro de 2015, quando observei o céu pedrento sinal de chuva e vento, conforme o ditado antigo.

 Certo ou errado, o temporal de ontem que atingiu em cheio o centro de Porto Alegre confirma o ditado. Infelizmente. Esperava que fosse só –  só? Na economia o mau tempo, o que  não  é pouco, ainda mais, com esse furacão político do cenário nacional.

A natureza manda sinais e conforme a nossa interpretação de vez em quando acertamos. Noutras nos fazemos de mal-entendidos, ouvidos moucos, vistas  grossas, tocamos  o   barco   em  frente   e  seja   lá  o   que  Deus   quiser.  O problema é que nem sempre ele quer, ou pior: quer mais.

Falando em barco, vem a notícia de Porto Alegre, que o Cisne Branco, mesmo em porto seguro, - ou agitado? Ou alegre? - haja ditado – virou no cais com   os   fortes   ventos   de   ontem.   Só   não   afundou   porque   estava   amarrado. Amarrado com elefante (corda grossa) e no cabeço, decerto, é assim que se chama aquele ferro que parece uma cabeça, incrustada na beira do cais e que serve para este fim.

Para quem não sabe, o Cisne Branco é um barco de turismo que opera a partir do porto da nossa capital, fazendo passeios no delta do Rio Jacui – este é rio  mesmo   –   e   outros,   que   formam   o   estuário   do   Guaíba.   São   passeios românticos entre às ilhas, enquanto os passageiros apreciam potentes lanchas, belas casas, e outras vilas nem tão belas, além de, é claro, o famoso pôr-do-sol do Guaíba – não sei se rio, estuário ou lago? O Cisne Branco é mais que um barco de turismo. É um símbolo da nossa cidade, ou até do estado.  Um ícone assim como o laçador, a ponte móvel, o gasômetro, o Gigante da Beira Rio, a Arena do Grêmio.

Se já não atrai nem ostenta a atenção dos anos 80 e 90, quando os porto-alegrenses faziam belas e concorridas festas, happy hours, formaturas e outras comemorações a bordo, ainda assim representa muito para a nossa  mui  leal e valerosa cidade de Porto Alegre. se   me   entendem,   fomos   atingidos   por   um   vendaval,   e   naufragou,
naufragamos   nós,   um   símbolo   aristocrático   de   elegância   representativa   da
sociedade, da cidade, do povo, de um tempo saudoso, de uma era. O Cisne Branco está para nós, assim como o Titanic está para os britânicos.

Portanto senhores e senhoras, resgatem o Titanic, Clive Cussler. Gaúchos   e   gaúchas,   plagiando   o   escritor:   RESGATEM   O   CISNE BRANCO!


2 comentários:

  1. Caro Jorge, sim, Porto Alegre naufraga com o tombamento do Cisne Branco, Sou solidário ao seu sentimento. Vamos recuperar o barco e nossa própria flutuação neste doloroso tempo de maus tempos. Abração, Rubem

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  2. Obrigado!
    Legal!
    Parece que estamos a deriva!
    Jorge

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