Escrevi
sobre os defeitos do meu irmão. Então, nada mais justo que falar dos meus. Eu
até ia falar das minhas qualidades, mas, como são muitas, ficaria um texto
muito longo. Para poupar a todos vou relatar meus defeitos. Bem menos. Vou abrir
meu coração.
Bom!
Eu tenho alguns. Nem sempre lembro de todos.
O
primeiro defeito que tenho, e o mais grave, eu acho, não, não acho, tenho
certeza, é minha letra. O quê? Vocês não acreditam? Acham que estou brincando.
Estou falando sério. Minha letra é muito feia, mas muito feia mesmo! Às vezes,
quase sempre, nem eu consigo ler o que escrevi.
Pensam
que estou de xiste? Não estou. Vocês estão com sorte que agora se escreve
digitando e fica tudo bonito. Letrinhas iguais, alinhadas, na vertical. Mas
minha caligrafia, meus garranchos, pelo amor de Deus! Coisa do outro mundo.
Hieróglifos!
Meu
segundo defeito, lembrei agora, pensei que não tinha mais, é meu sangue. Sim!
Meu sangue é do tipo A. Tudo bem. Mas o fator RH é “-“, negativo!
Ou
seja, um cara tão tri-legal, tão prá-frentez, igual como eu, ter sangue
negativo? É um defeito grave. Não é? Meu sangue deveria ser AB+! Isso sim.
Receptor universal. Mas não. Sou A-! Eu
que sou tão otimista, positivo, é um contra censo ter sangue negativo.
Mês
assim, contudo isso, consigo levar a vida numa boa. Letra feia e sangue ruim,
são meus principais defeitos. Pelo menos os mais proeminentes.
Tenho
outros, claro. Mas não posso contar. Sorte, assim não fico enrolando ninguém.
Ah!
Me lembrei. Falo muito!
Melhor
parar por aí.
Porto Alegre/RS, 29 de abril de 2020
JORGE
LUIZ BLEDOW
E-mail
bledow@cpovo.net
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