Tive
uma ideia (meu cérebro ainda quer escrever idéia
com acento agudo como era antes da última reforma ortográfica), dessas geniais.
Um pensamento daqueles bem estruturado, novo e criativo. Não sei qual a razão
pelo qual isso me ocorreu.
Apenas
para tangenciar o assunto, e dar um avant premier, um trailer, um spot, palavra
do momento, esse meu assunto extraordinário, vai revolucionar o mundo. É óbvio,
e também necessário, que o assunto é complexo e requer estudos profundos e
planejamento estratégico. Ou será que isso já é demodê, ou vintage? Esta
última palavra da moda para descrever o que não está mais na moda.
Eu
ainda sou um ser analógico, como vocês podem perceber, e o mundo é
predominantemente digital, sem dúvidas. Aliás isso tudo, a IA (Inteligência
Artificial), o Big Dados e os Algoritmos, faço questão de nomes próprios, pois,
segundo projeções futurísticas e presentes, vão ajudar a desenvolver e aplicar
a minha Grande Ideia. Então, bem merece se escrito com nome e sobrenome.
Isso
para afirmar, nada mais natural e cabível, de que, quando se tem uma grande
ideia, deve-se lançar mão de tudo o que existe de mais moderno, tecnológico e
desenvolvido no mundo da IA, e que, sem isso, não há chances de sucesso em qualquer
dimensão. Afinal, tudo está na nuvem de dados, e, talvez como Platão já
apregoava, basta (como se bastassse!) ir ao oráculo e baixar a ideia, no caso a
Grande Ideia.
Isso
tudo, de ter esse pensamento revolucionário, foi ontem à noite um pouco antes
de dormir. Acontece que, cadê? Esse meu cérebro, esta massa cinzenta, um tanto
envelhecida pelo tempo, não sabe mais como acionar e baixar aqui e agora todo
raciocínio que tive na véspera! Talvez a regra de que, em certas palavras não
se usa mais o acento agudo, me atrapalhe.
O fato é que eu me
esqueci e nem sei mais qual era o assunto. Mais uma Grande Ideia que se perdeu.
Desculpem minha falha!
Capão da Canoas, 12 de janeiro de 2019.
Jorge Luiz Bledow
E-mail: bledow @cpovo.net
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