Lendo uma coletânea de crônicas de meus conhecidos, o livro Caio em mim, da oficina Santa Sede de 2018, “pexei” com a palavra: sísifico. Achei que meio-que-entendi, assim no contexto. Poucas páginas depois topei com beldroega, lindamente inserida no texto. Os vocábulos colaram na minha mente como chicles. Como achei lindas, e ao sentar em frente do computador já as coloquei em destaque no título. Prá não deixar dúvidas.
A
partir daí estou escrevendo esta crônica. O que vai sair, o que vai resultar eu
não sei(estou tentando acolherar as letras e ordenar o texto para ver o que
dá). Mas gostei da sonoridade do título. Sempre fui de sublinhar e depois ir ao
dicionário, toda vez que esbarro em algo novo, agora resolvi incrementar
narrando o que vem na “teia”.
No Google: “Sisífico. 1. Relativo a Sísifo,
personagem da mitologia grega, condenado a eternamente empurrar uma pedra pela
encosta acima de uma montanha, que resvalava sempre quando estava prestes a
atingir o topo; 2. Diz-se de tarefa ou trabalho que implica um esforço
rotineiro e interminável, não sendo produtivo.”
Barbada
fazer essa colagem, vejam que já ganhei um parágrafo inteiro assim sem nem
pensar no ato de escrever, no entanto vejam a profundidade do esforço
mitológico.
Beldroega: “Portulaca olerácea, também
conhecido como beldroega comum, baldroega, onze-horas e salada-de-negro é um
arbusto de folhas suculentas e flores coloridas da família Portulacaceae. Na
Índia é silvestre, e consumida há milhares de anos. É cultivada no Oriente
Médio e em parte da França.”
È
uma beleza essa tal de Wikipédia, apesar de uma parte politicamente incorreta
na definição. Isso me fez associar a rua Portulaca que temos em Porto Alegre,
perto da rua São Caetano, no bairro Três Figueiras. Não consegui saber o porquê
do nome da rua. (Vejam que consegui empregar o porquê, até que enfim!). Lá tem
vegetação, tem uma praça, será que crescia a beldroega por ali?
Em
tempos de campanha eleitoral, mais para combate eleitoral nas redes sociais,
acho que é produtivo aprender umas duas palavrinhas interessantes a mais. Além
disso é divertido e me dá vontade de ler alguma coisa. Ou seja: é uma boa e
produtiva ocupação do dia chuvoso.
Também
quisera, nesses tempos pré-eleitorais, talvez tenhamos que nos alimentar de
ora-pro-nóbis! “A planta é originária do
continente americano e seu nome científico é Pereskia aculeata.”
Prá
mim já chega. Por ora estou satisfeito.
Porto Alegre, 25 de setembro e 2018.
Jorge Luiz Bledow
E-mail: bledow @cpovo.net
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