segunda-feira, 13 de agosto de 2018

ORDEM DO DIA DOS PAIS!


Vou direto ao assunto:  Ser pai é dar o exemplo.

- Ele é um pai exemplar!

 – É um exemplo de pai!

Quantas vezes já ouvimos estas palavras? Eu ouvi muitas vezes e não dava atenção. Sempre achei que eram palavras ao vento. Pura retórica.

Muitos de nós conhecemos a frase, de autor desconhecido, de algum mural: “AS PALAVRAS CONVENCEM. MAS O EXEMPLO ARRASTA!”

Para mim pareciam palavras soltas. Sem sentido algum. Sem profundidade. Geralmente associava a repetições muito batidas. Até que um dia... Tornei-me pai. Tudo mudou. Ah! Como mudou!

Quando o Pedrinho tinha de 2 para 3 anos, tentei consertar uma tomada. Ele observando. Não é que noutro dia o menino foi mexer e levou um choque!

Tempos depois o surpreendemos sentado no vaso, jornal no colo e correndo os olhos prá lá e prá cá, fazendo de conta que estava lendo. Isso com três anos de idade!

Mudei meu entendimento em relação ao significado e a mensagem contida na pequena frase:
“O EXEMPLO ARRASTA!”

Aprendi com o pirralho. Quem diria! Confesso que ainda aprendo.

Entendi a verdade e isso acontece na nossa vida. Em tudo somos exemplos. Para o bem ou para o mal. Muitos de nós conhecemos o famoso brado que, o então Marques de Caxias, na eminência de mais uma batalha, Guerra do Paraguai, no dia 6 de dezembro de 1868, com seus 60 anos de idade, quando, do alto de sua montaria, desembainhou a espada e bradou: “Sigam-me os que forem brasileiros!”

Cravou as esporas nas ancas do cavalo e os soldados, entre surpreendidos e encorajados, o seguiram pelo exemplo. E que exemplo!

A Batalha de Itororó foi a primeira a ser vencida pela Tríplice Aliança, naquela sequência vitoriosa que ficou conhecida como “a dezembrada.”

Não precisamos, nem devemos esperar ocasiões heroicas. Grandes atos. É no dia a dia. Nas pequenas coisas da vida, nas ações do cotidiano que nos tornamos pais de verdade. Pelo exemplo.

A humildade, a generosidade, a paciência, a temperança, a caridade e outras virtudes, certamente aprendemos dessa maneira: Pela sua repetição e observação vida a fora.

Nosso pai seguiu nosso avô, nós seguimos nosso pai. Os filhos nos seguem pelo exemplo e os netos se espelham neles. Nem sempre precisamos de palavras. Algumas vezes sim. Mas o ato concreto, o exemplo: Sempre!

Ser pai é simples assim. É bom. Uma vida praticando pequenos exemplos. E de exemplo em exemplo, arrastamos gerações para o futuro!
     
Porto Alegre, RS, 10 de agosto de 2018.
Jorge Luiz Bledow
E-mail: bledow @cpovo.net

3 comentários:

  1. Sim, Jorge. Ser pai ensina tanto que dá até medo. Parapenz! Belo texto.
    Abraços, Rubem

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  2. Papa, através de seus exemplos de medo e coragem, sem saber vc é um herói e pode mudar a humanidade....pra melhor.
    Abraços amigo Bledow

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  3. Muito bom Bledow. Creio que todos nós nos transportamos aos nossos velhos na esperança de termos sido e continuar sendo espelhos deles...

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