Sempre
que ouço ou leio algo sobre o Universo, sobre o Infinito, fico perdido na “matutação”.
Tem situações na vida da gente, que nem imaginar conseguimos.
O
Big Bang! È uma viagem! Uma abstração total!
Eu
não consigo me concentrar e obter de alguma forma a imagem, ou algo parecido,
de como isso se deu. Imaginar que toda a massa e energia do Universo se
concentrou em um único ponto, do tamanho de uma cabeça de alfinete (analogia em
desuso), é incrível. Impossível pensar numa abstração dessas. Daí explodiu – o Big
Bang – e formou todas as estrelas, astros, planetas, satélites e galáxias. Isso
tudo a aproximadamente a 13,3 a 13,9 bilhões de anos! É bem mais velho que o
rascunho da Bíblia. E tem mais: o Universo ainda está em expansão, segundo
cientistas e astrônomos. É infinito, não tem fim e está crescendo! Difícil aceitar.
Também
não entendo o que é infinito. Do menos infinito ao mais infinito. E eterno?
Conceito amplo demais para um ser humano, se tanto, que nem bem entende o dia a
dia.
Palavras
como terremoto, estão distantes de nós brasileiros. Ouvimos notícias na televisão
mas,
graças a Deus, no Brasil nunca fomos acometidos de um terremoto de verdade
mesmo, em escala Richter elevada, daqueles bem parrudos. Tsunâmi, até há poucos
anos, era uma lojinha de pranchas de surf no shopping. Depois que aconteceu a
tragédia em 26 de dezembro de 2004, com epicentro na costa oeste de Sumatra, na
Indonésia, passamos ter ideia do que é um fenômeno desses de verdade. Varreu
algumas praias do mapa.
Pois
então, quarentena e pandemia, eram palavras do dicionário, que as vezes era
citadas por curiosidade, mas, jamais
imaginei de que elas saíssem do mundo da imaginação e se incorporassem a vida
real cotidiana. Quarentena até que é uma passagem conhecida na Bíblia, no Novo Testamento,
quando Jesus ficou 40 dias no deserto, movido pelo Espírito Santo, sem comer,
tentado pelo Demônio, e, mesmo assim sobreviveu saindo até mais forte – mas báh
tchê!-, segundo as Sagradas Escrituras. Pandemia chegou a ser aventada na gripe
aviária em 2009, mas nunca aplicada de fato.
Estamos
assim. O que mais aprenderemos, não sem sofrimento, neste ano 2020 da Graça de
Deus?
Espero
que seja uma palavra pequena, muito citada, mas nunca de fato aplicada: PAZ!
Porto Alegre, 30 de março de 2020.
JORGE
LUIZ BLEDOW – E-mail bledow@cpovo.net
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