Quando a vacina chegar serei um dos primeiros na fila. Quero ser vacinado logo, assim que der. Não me interessa procedência do remédio, quero proteção. O importante é que ela seja homologada pelos órgãos competentes, a ANVISA no caso do Brasil, e vamos à luta. “Que venga el toro, em forma de vacina!”
Ainda há um longo e tortuoso caminho a ser percorrido até a vacinação e proteção. A divulgação dos estudos da 3ª fase, o pedido de homologação, as análises, espero que não tão demoradas e muito menos políticas, e finalmente - UFA!- a liberação.
Daí, conforme um plano que ainda não está bem estruturado, serão vacinados os profissionais da saúde, os idosos com mais de 80 anos, os portadores de comorbidades, as pessoas mais expostas, pela sua condição de trabalho e outros, comunidades indígenas, quilombolas, quem tem mais de 70 e assim por diante. Vai chegar a nossa vez. Até lá paciência e sem aglomerações, por favor!
Há pelo menos 4 vacinas diferentes a serem liberadas no Brasil. Pelo que se sabe todas exigem duas doses. O efeito se dá depois de um mês, pelo menos, eu acredito. Durante esse período todo cuidado, nada de excessos, bebidas alcoólicas ouvi dizer que devem ser evitadas. Ou seja: ainda vai longe. Também deverá ter uma organização e controle para ver quem toma a vacina tal, quem toma a outra e mais uma diferente. A princípio não pode haver mistura com risco de perder eficácia, no mínimo, até porque há princípios ativos diferentes em jogo. Questões científicas.
Para quem já está a 9 meses se cuidando, mais 3 ou 4, não serão tão difíceis. Se bem que temos o Natal, a virada de ano, o verão e as praias, tudo isso é um chamariz quase irresistível. No entanto depende de nós, de cada um, de nosso esforço pessoal. Significa não pensar apenas em si, mas nos outros, principalmente, também.
Mas um dia afinal, não sei exatamente quando, estaremos vacinados e protegidos do COVID19. Primeira coisa que eu farei, me ocorre agora, sairei a pé pelas ruas, nas praças, nos shoppings, na praia, com um sorriso, abraçando os amigos, desafiando marotamente o vírus tão traiçoeiro, que não há de me contaminar.
Ah! Liberdade! Quando a vacina chegar quero estar bem vivo!
Porto Alegre, 12 de dezembro de 2020.
JORGE LUIZ BLEDOW
E-mail bledow@cpovo.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário