Andando
pelo mato, nosso condomínio temos um matagal bem “fornido”, encontrei uma “reboleira”
de cipós entremeada com lascas de pedras de granito. Reboleira é um termo
antigo e bem gaúcho para designar uma touceira de vegetação. E se alguém não sabe, os morros e colinas aqui
de Porto alegre são formados de granito, uma rocha ígnea que submerge inteira das
profundezas da crosta terrestre resfriando aos poucos, diferentemente do
basalto que é uma rocha vulcânica, portanto surge de um derrame, resfriando
rapidamente.
Temos
aqui granitos de várias cores. O Cinza e o rosa são os mais conhecidos. O
granito destaca-se do basalto por ter grãos bem definidos em sua textura,
enquanto o basalto, em geral de um cinza escuro, tem textura lisa vítrea. As
pirâmides do Egito são de granito. Temos um escultor, o João Bez Batti, no
Caminho das Pedras em Bento Gonçalves, que produz esculturas maravilhosas em
basalto que ele recolhe na própria região.
Mas
a reboleira que encontrei, é de cipó São João, visto que quando floresce no mês
de junho, suas flores cor de laranja, parecem pequenas chamas, formam um
colorido majestoso em contraponto ao verde das folhas.
A
fotografia que tirei parece um quadro. Um recorte majestoso da natureza que
muitas vezes passa batido no dia a dia. Só mesmo a natureza que se regenera e
renova para pintar um quadro lindo desses. Está bem, merecia um fotógrafo
melhor.
Como
uma imagem vale mais que mil palavras abaixo vai a foto para apreciarem.
Porto Alegre, 29 de março de 2020.
JORGE
LUIZ BLEDOW – E-mail bledow@cpovo.net
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