Estando no litoral sem a pressão do dia
a dia, parece que ficamos mais ligados nos acontecimentos da natureza, pelo
menos comigo acontece isso. Já observei as Brumas de Capão na virada de 2013
para 2014, as Pedaladas de Capão, de 2015 para 2016, onde, em 31 de dezembro de
2015, quando observei o céu pedrento sinal de chuva e vento, conforme o ditado
antigo.
Certo ou errado, o temporal de ontem que
atingiu em cheio o centro de Porto Alegre confirma o ditado. Infelizmente.
Esperava que fosse só – só? Na economia o mau
tempo, o que não é pouco, ainda mais, com esse furacão político
do cenário nacional.
A natureza manda sinais e conforme a
nossa interpretação de vez em quando acertamos. Noutras nos fazemos de
mal-entendidos, ouvidos moucos, vistas grossas,
tocamos o barco em frente e seja lá o que Deus quiser. O problema é que nem sempre ele quer, ou pior:
quer mais.
Falando em barco, vem a notícia de
Porto Alegre, que o Cisne Branco, mesmo em porto seguro, - ou agitado? Ou
alegre? - haja ditado – virou no cais com os fortes ventos de ontem. Só não afundou
porque
estava
amarrado.
Amarrado com elefante (corda grossa) e no cabeço, decerto, é assim que se chama
aquele ferro que parece uma cabeça, incrustada na beira do cais e que serve
para este fim.
Para quem não sabe, o Cisne Branco é um
barco de turismo que opera a partir do porto da nossa capital, fazendo passeios
no delta do Rio Jacui – este é rio mesmo
–
e
outros,
que
formam
o
estuário
do
Guaíba.
São
passeios
românticos entre às ilhas, enquanto os passageiros apreciam potentes lanchas, belas
casas, e outras vilas nem tão belas, além de, é claro, o famoso pôr-do-sol do
Guaíba – não sei se rio, estuário ou lago? O Cisne Branco é mais que um barco
de turismo. É um símbolo da nossa cidade, ou até do estado. Um ícone assim como o laçador, a ponte móvel,
o gasômetro, o Gigante da Beira Rio, a Arena do Grêmio.
Se já não atrai nem ostenta a atenção
dos anos 80 e 90, quando os porto-alegrenses faziam belas e concorridas festas,
happy hours, formaturas e outras comemorações a bordo, ainda assim representa
muito para a nossa mui leal e valerosa
cidade de Porto Alegre. se me entendem,
fomos
atingidos
por
um
vendaval,
e
naufragou,
naufragamos nós, um símbolo
aristocrático
de
elegância
representativa
da
sociedade, da cidade, do povo, de um
tempo saudoso, de uma era. O Cisne Branco está para nós, assim como o Titanic
está para os britânicos.
Portanto senhores e senhoras, resgatem
o Titanic, Clive Cussler. Gaúchos e gaúchas, plagiando o escritor:
RESGATEM O CISNE BRANCO!
Caro Jorge, sim, Porto Alegre naufraga com o tombamento do Cisne Branco, Sou solidário ao seu sentimento. Vamos recuperar o barco e nossa própria flutuação neste doloroso tempo de maus tempos. Abração, Rubem
ResponderExcluirObrigado!
ResponderExcluirLegal!
Parece que estamos a deriva!
Jorge