A palavra contém dentro de si mensagens poderosas. A linguagem falada, formada por palavras, gestos, entonações, silêncios, carrega na mensagem intrínseca, uma longa história de conquistas e derrotas em sua oralidade. A linguagem escrita também, principalmente pela palavra, traz, além da mensagem primeira, outras informações subliminares, muitas vezes até mais fortes – submersas- que a profundidade visível. Funciona mais ou menos como um iceberg.
No jeito de falar do nosso cotidiano, muitas palavras se metem sem serem chamadas. São vícios e cacoetes que adquirimos com o tempo, na convivência do dia a dia. Tendemos a repetir fórmulas, frases prontas, simplificando, assim, a comunicação básica. Tem o lado bom e o lado ruim.
Quando escrevemos, a linguagem muda, se altera, em função, talvez, de ser mais lenta e mais estruturada. Conjugamos verbos, pontuamos frases, tentamos as concordâncias, de ouvido – para mim a parte difícil – e assim, de uma forma ou outra, passamos nosso recado.
Se pararmos um pouco, e, analisarmos certas expressões ou palavras, pela sua origem, teremos surpresas. Não raras vezes, principalmente na forma falada, empregamos vocábulos que imaginamos ter um significado, e, na verdade, - que verdade? – têm outro significado, ou assumem significâncias diversas. Podem variar, também, com a época, o contexto e por aí vai.
Como a maneira escrita é mais formal e elaborada, mais pensada, menos automática, fazemos pausas e procuramos algo melhor, mais expressivo no sentido de encaixar o exato significado. Claro, na oralidade temos o recurso da entonação, que muitas vezes funciona como chave à compreensão e assimilação da mensagem que queremos passar adiante. Sendo assim, na grafia, nos valemos do dicionário, consultando de memória ou até folhando, o que faz com que ampliemos nosso conhecimento em significados formais. Em vocabulário. Hoje quem nos salva e ajuda é o Google.
Trocar palavras numa conversa de rua exige treinamento, raciocínio rápido, atenção nas expressões faciais, entonações, paradas, etc, entre os interlocutores. Como já falei, tendemos a aplicar esquemas simples usando subterfúgios básicos tais como, gestos, interjeições, onomatopéias, figuras de linguagem, que apesar dos nomes complicados, são de uso comum e abundante no papo sem compromisso. Na roda de bar, então... tudo se amplia.
Há palavras, essas que se metem sem serem chamadas, que adquirem significados distintos. Coisa pode ser a coisa (substantivo), como pode ser aquilo é uma coisa (adjetivo), e até coisar (verbo). Escrevendo desse jeito parece complicado, mas, no diálogo, a coisa é bem mais simples de coisar.
Outro fato interessante e curioso é quando aparece algo novo que causa estranheza. Dia desses me surgiu do nada a palavra o cabeço assim mesmo no masculino. Até duvidei achando que quem escreveu havia-se enganado. Conhecemos, por óbvio, a palavra feminina a cabeça. O cabeço, geralmente é de ferro fundido. É aquele ferro chumbado no cais do porto, que serve para amarrar navios ancorados.
Vejam só. A cabeça, feminina, tem cérebro. O cabeço, masculino, é de ferro fundido. Ainda bem que não é oco. Questão de gênero!
No jeito de falar do nosso cotidiano, muitas palavras se metem sem serem chamadas. São vícios e cacoetes que adquirimos com o tempo, na convivência do dia a dia. Tendemos a repetir fórmulas, frases prontas, simplificando, assim, a comunicação básica. Tem o lado bom e o lado ruim.
Quando escrevemos, a linguagem muda, se altera, em função, talvez, de ser mais lenta e mais estruturada. Conjugamos verbos, pontuamos frases, tentamos as concordâncias, de ouvido – para mim a parte difícil – e assim, de uma forma ou outra, passamos nosso recado.
Se pararmos um pouco, e, analisarmos certas expressões ou palavras, pela sua origem, teremos surpresas. Não raras vezes, principalmente na forma falada, empregamos vocábulos que imaginamos ter um significado, e, na verdade, - que verdade? – têm outro significado, ou assumem significâncias diversas. Podem variar, também, com a época, o contexto e por aí vai.
Como a maneira escrita é mais formal e elaborada, mais pensada, menos automática, fazemos pausas e procuramos algo melhor, mais expressivo no sentido de encaixar o exato significado. Claro, na oralidade temos o recurso da entonação, que muitas vezes funciona como chave à compreensão e assimilação da mensagem que queremos passar adiante. Sendo assim, na grafia, nos valemos do dicionário, consultando de memória ou até folhando, o que faz com que ampliemos nosso conhecimento em significados formais. Em vocabulário. Hoje quem nos salva e ajuda é o Google.
Trocar palavras numa conversa de rua exige treinamento, raciocínio rápido, atenção nas expressões faciais, entonações, paradas, etc, entre os interlocutores. Como já falei, tendemos a aplicar esquemas simples usando subterfúgios básicos tais como, gestos, interjeições, onomatopéias, figuras de linguagem, que apesar dos nomes complicados, são de uso comum e abundante no papo sem compromisso. Na roda de bar, então... tudo se amplia.
Há palavras, essas que se metem sem serem chamadas, que adquirem significados distintos. Coisa pode ser a coisa (substantivo), como pode ser aquilo é uma coisa (adjetivo), e até coisar (verbo). Escrevendo desse jeito parece complicado, mas, no diálogo, a coisa é bem mais simples de coisar.
Outro fato interessante e curioso é quando aparece algo novo que causa estranheza. Dia desses me surgiu do nada a palavra o cabeço assim mesmo no masculino. Até duvidei achando que quem escreveu havia-se enganado. Conhecemos, por óbvio, a palavra feminina a cabeça. O cabeço, geralmente é de ferro fundido. É aquele ferro chumbado no cais do porto, que serve para amarrar navios ancorados.
Vejam só. A cabeça, feminina, tem cérebro. O cabeço, masculino, é de ferro fundido. Ainda bem que não é oco. Questão de gênero!
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