Ouvi muito e ainda ouço esta frase, lá na Esquina Progresso uma minúscula comunidade rural de minifúndios, no interior de Três Passos. A localidade fica a trinta quilômetros do Rio Uruguai, divisa com El Soberbio, Argentina.
Para quem não sabe, foi lá que eu nasci e vivi até os dezenove anos. E é para lá que volto minhas lembranças em busca de algum alento, quando vejo e ouço algumas coisas difíceis de entender e digerir.
Vocês sabem como a gente sofre tendo que ouvir bobagens e desculpas, para não dizer mentiras. Todos sabem e sentem aquela raiva que vem lá do fundo, quando dá aquela vontade louca de soltar um palavrão.
É isso que quero evitar. Prefiro não xingar palavrão a toda hora. Não gosto de chatear ninguém baixando o nível da conversa.
Mas confesso, podem concordar comigo, que está cada vez mais difícil engolir sem reclamar. Esta gente que está em Brasília, usufruindo a nossa grana, de nossa boa vontade, eleitos que foram porque nós votamos neles, estão lá falando bobagens e não fazendo nada. Ou melhor, não estão permanentemente lá, mentem que trabalham de terças-feiras às quintas-feiras, ainda bem, mais que isso ninguém merece. Nos outros dias, dizem eles, “vamos às bases”. Será que as tais bases produzem tanta conversa fiada? Tanta falsidade?
Só falta apelarem para isto dizendo que tudo que dizem só repetem às vontades das bases. Enquanto o povo fala em salário mínimo e passa a míngua, lá na corte só se fala em milhões. Isso é uma grande sacanagem.
Por isso que volto meus pensamentos para meu pai, 70 anos completos, que mora na roça ganhando um salário mínimo de aposentadoria rural. Desde que eu era menino, quando eu fazia alguma coisa errada, ele chamava para “dançar” debaixo do cinto, eu ficava de longe com medo. Aí ele dizia o que tenho vontade de dizer hoje para certos políticos:
- Tens medo, mas não tens vergonha!
Para quem não sabe, foi lá que eu nasci e vivi até os dezenove anos. E é para lá que volto minhas lembranças em busca de algum alento, quando vejo e ouço algumas coisas difíceis de entender e digerir.
Vocês sabem como a gente sofre tendo que ouvir bobagens e desculpas, para não dizer mentiras. Todos sabem e sentem aquela raiva que vem lá do fundo, quando dá aquela vontade louca de soltar um palavrão.
É isso que quero evitar. Prefiro não xingar palavrão a toda hora. Não gosto de chatear ninguém baixando o nível da conversa.
Mas confesso, podem concordar comigo, que está cada vez mais difícil engolir sem reclamar. Esta gente que está em Brasília, usufruindo a nossa grana, de nossa boa vontade, eleitos que foram porque nós votamos neles, estão lá falando bobagens e não fazendo nada. Ou melhor, não estão permanentemente lá, mentem que trabalham de terças-feiras às quintas-feiras, ainda bem, mais que isso ninguém merece. Nos outros dias, dizem eles, “vamos às bases”. Será que as tais bases produzem tanta conversa fiada? Tanta falsidade?
Só falta apelarem para isto dizendo que tudo que dizem só repetem às vontades das bases. Enquanto o povo fala em salário mínimo e passa a míngua, lá na corte só se fala em milhões. Isso é uma grande sacanagem.
Por isso que volto meus pensamentos para meu pai, 70 anos completos, que mora na roça ganhando um salário mínimo de aposentadoria rural. Desde que eu era menino, quando eu fazia alguma coisa errada, ele chamava para “dançar” debaixo do cinto, eu ficava de longe com medo. Aí ele dizia o que tenho vontade de dizer hoje para certos políticos:
- Tens medo, mas não tens vergonha!
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