Dia desses vi uma entrevista na teve. Era o escritor Norman Mailer, sendo entrevistado por Paulo Francis, reprise é claro, a entrevista original foi exibida em 1997.
Francis perguntava sobre um livro de memórias. A resposta de Norman, é umas das coisas mais lindas que já ouvi. Ele argumentava que seus escritos eram baseados em 5% de autobiografia, ou seja, de suas memórias. E estas lembranças ele guardava como cristais e quando ia escrever direcionava luz sobre os cristais e estes refletiam espectros caledeiscópicos espetaculares. Daí a suas criações.
- É assim que atua um grande ator, dizia ele.
Portanto, escrever as memórias seria como matar A Galinha dos Ovos de Ouro. A fonte de inspiração. Norman Mailer morreu dia 10 de novembro de 2007. Recebeu o prêmio Pulitzer duas vezes. Nascido em Nova Jersey em 1923, assinou dezenas de livros, poemas, peças de teatro e ensaios.
A Luta, na qual descreve o histórico enfrentamento entre Muhammad Ali e George Foreman, em 1974, é uma de suas obras mais conhecidas. Mailer também publicou outros livros de sucesso, como Os Nus e os Mortos, um relato-ficção de suas experiências no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Um de seus grandes sucessos ele escreveu em 1979 - A Canção do Carrasco (The Executioner's Song) sobre o condenado à morte Gary Gillmore.
Na entrevista concedida a Paulo Francis, afirmou que não gostava do politicamente correto, então virando modismo. Como importante expoente da contracultura nos Estados Unidos dos anos 60, Mailer foi um dos fundadores do influente jornal alternativo The Village Voice e ativista contra a Guerra do Vietnam, o que lhe custou uma prisão.
Grande e polêmico sucesso de vendas foi a biografia sobre Marilyn Monroe publicada em 1973. Com as afirmativas de que a morte da atriz teria sido causada pelo FBI e pela CIA, que envolviam seu suposto romance com o senador Robert Kennedy.
Sua última obra, The castle in the forest , ainda sem edição brasileira - a tradução livre seria algo como 'O castelo na floresta' -, foi publicada este ano nos Estados Unidos.
Conhecido por seu temperamento forte e seu antagonismo ao movimento feminista, casou-se seis vezes e é pai de nove filhos. Certa vez, em entrevista à rede de TV americana NBC, o autor disse que estava preocupado porque acreditava que "as mulheres iriam dominar o mundo".
Considerado um dos precursores do ´new journalism´ americano, é um escritor que não teve medo de expor suas idéias polêmicas. Embora nos derradeiros momentos da vida tenha reconhecido alguns "exageros", defendeu sempre o direito a dizer o que pensava. Esta liberdade valeu-lhe muitas inimizades e tornar-se num dos escritores que muita gente gostava de odiar.
Numa das últimas entrevistas criticou o presidente americano, George W. Bush. "George W. Bush é o pior presidente que eu já vi. E olha que eu conheci Ronald Reagan". Gosto de gente como ele que não ficam em cima do muro.
Francis perguntava sobre um livro de memórias. A resposta de Norman, é umas das coisas mais lindas que já ouvi. Ele argumentava que seus escritos eram baseados em 5% de autobiografia, ou seja, de suas memórias. E estas lembranças ele guardava como cristais e quando ia escrever direcionava luz sobre os cristais e estes refletiam espectros caledeiscópicos espetaculares. Daí a suas criações.
- É assim que atua um grande ator, dizia ele.
Portanto, escrever as memórias seria como matar A Galinha dos Ovos de Ouro. A fonte de inspiração. Norman Mailer morreu dia 10 de novembro de 2007. Recebeu o prêmio Pulitzer duas vezes. Nascido em Nova Jersey em 1923, assinou dezenas de livros, poemas, peças de teatro e ensaios.
A Luta, na qual descreve o histórico enfrentamento entre Muhammad Ali e George Foreman, em 1974, é uma de suas obras mais conhecidas. Mailer também publicou outros livros de sucesso, como Os Nus e os Mortos, um relato-ficção de suas experiências no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. Um de seus grandes sucessos ele escreveu em 1979 - A Canção do Carrasco (The Executioner's Song) sobre o condenado à morte Gary Gillmore.
Na entrevista concedida a Paulo Francis, afirmou que não gostava do politicamente correto, então virando modismo. Como importante expoente da contracultura nos Estados Unidos dos anos 60, Mailer foi um dos fundadores do influente jornal alternativo The Village Voice e ativista contra a Guerra do Vietnam, o que lhe custou uma prisão.
Grande e polêmico sucesso de vendas foi a biografia sobre Marilyn Monroe publicada em 1973. Com as afirmativas de que a morte da atriz teria sido causada pelo FBI e pela CIA, que envolviam seu suposto romance com o senador Robert Kennedy.
Sua última obra, The castle in the forest , ainda sem edição brasileira - a tradução livre seria algo como 'O castelo na floresta' -, foi publicada este ano nos Estados Unidos.
Conhecido por seu temperamento forte e seu antagonismo ao movimento feminista, casou-se seis vezes e é pai de nove filhos. Certa vez, em entrevista à rede de TV americana NBC, o autor disse que estava preocupado porque acreditava que "as mulheres iriam dominar o mundo".
Considerado um dos precursores do ´new journalism´ americano, é um escritor que não teve medo de expor suas idéias polêmicas. Embora nos derradeiros momentos da vida tenha reconhecido alguns "exageros", defendeu sempre o direito a dizer o que pensava. Esta liberdade valeu-lhe muitas inimizades e tornar-se num dos escritores que muita gente gostava de odiar.
Numa das últimas entrevistas criticou o presidente americano, George W. Bush. "George W. Bush é o pior presidente que eu já vi. E olha que eu conheci Ronald Reagan". Gosto de gente como ele que não ficam em cima do muro.
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