sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

A BIBLIOTECA

Jorge Luiz Bledow

Entre outras coisas, a bordo do Navio MSc Orchestra, descobri que havia uma library. È claro que fui visitá-la.

A atendente, uma australiana de cabelos ruivos claros, se chamava Emma, nome igual ao de minha vó materna.

No meu inglês “macarrônico” sofrível, fiquei sabendo que poucas pessoas visitam a biblioteca a bordo. Conclui assim, que deve ser um a das melhores ocupações no navio esta de bibliotecária. Todo o tempo livre para ler, num ambiente silencioso. A não ser, de vez em quando, algum leitor chato que resolve fazer uma visita, falando outra língua, assassinando o inglês e se achando o máximo. E mais, procurando algum livro des-interessante na língua de Camões, que por si só e alguma coisa exótica nesse ambiente!

Eu havia concluído de ler a Metamorfose de Kafka, nada mais a pretexto, como se dizia, e fui atrás de algo mais leve em português e encontrei: “O Egito do Faraós” de meu amigo jornalista e escritor gaúcho Airton Ortiz, gaudério nascido em Cachoeira do Sul. Por acaso um dos poucos livros dele que ainda não havia lido, claro que tomei emprestado e li.

Quando da devolução, uns três dias depois, a atendente era uma inglesa e, eu, assassinando o vernáculo de Willian Shakespeare, aproveitei deixando na library o meu livro de crônicas “Figos Maduros”.

Não sei se terei, mas espero ter a sorte ou o azar, de pelo menos um leitor fazendo cruzeiro e ler minhas crônicas de leve. Portanto brasileiros e brasileiras, tomem às devidas providências e me ajudem.

O navio MSC Orchestra tem bandeira panamenha, deve ser por uma questão fiscal, e o capitão e os principais encarregados são italianos. Foi construído no porto de Sorento no Mediterrâneo, Itália.

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