terça-feira, 13 de agosto de 2013

SÃO JOSÉ DA ESQUINA PROGRESSO - A HISTÓRIA SEGUE

Jorge Luiz Bledow

Com o campo novo, sede própria, o clube cresceu. O tacho de geladeira com serragem e gelo em barras, foi substituído pelo freezer. A energia elétrica, os equipamentos de som, trouxe facilidades que logo foram incorporadas. Havia, porém, grandes desafios a serem superados. Se no potreiro não havia a preocupação do corte da grama, o gado pastava e fazia esta tarefa, agora as guanxumas e inços cresciam vigorosas e obrigavam os associados organizarem mutirões para fazerem capinas do campo algumas vezes por ano. Caso contrário o São José corria o risco de virar o time das “caxumbas”, o que era uma vergonha total. Imaginem, nós agricultores, não termos a capacidade de limpar e conservar o campo. Mais tarde veio a máquina de cortar grama, um grande avanço.

            No final da década de 60 e início de 70, as famílias eram numerosas, e cada uma fornecia dois ou três jogados ao time A (principal) e B(aspirantes). Organizavam-se torneios de futebol aos domingos e como, cada localidade tinha suas equipes, muitas agremiações participavam. A festa geralmente começava pela manhã, ao meio-dia era servido um churrasco e se estendia até a noite. Jogando-se pouco tempo de cada lado do campo, as decisões davam-se quase sempre nos pênaltis numa goleira separada.

 Já ao final da década de 70 e início dos anos 80, com o êxodo rural aumentando, o tamanho das famílias foi reduzindo. Das numerosas equipes varzeanas sobraram poucas. O São José sobreviveu graças a localidades próximas que contribuíam com o elenco. Vinham jogadores do Bom Jardim, Santo Antônio Alto e Baixo, Lajeado Surpresa, Linha Saudades, Lajeado Progresso, Alta União, Linha Caçador e outras localidades das redondezas e até da cidade. E assim, apesar de clubes escassos, as contendas continuaram e chegaram aos dias atuais.

Porém, não é sem tristeza, que hoje muitas vezes divide-se o campo ao meio, jogando-se futebol sete, por falta absoluta de jogadores. A zona rural está esvaziada, a população reduzida, e só mesmo com esforço de alguns abnegados o São José sobreviveu. Construiu-se o salão de baile, a cancha de bochas e com isso as atividades de congraçamento aumentaram chamando gente de longe.

Neste domingo, dia 11 de agosto, quando meus amigos conterrâneos estiverem saboreando um churrasco, regado a cerveja, comemorando 50 anos de fundação, cuja data é dia 15 do mês de agosto, certamente muitas pessoas, jogadores, sócios, dirigentes, torcedores, lembrarão, das alegrias e vitórias por que este clube passou.

Eu quero transmitir meus votos de sucesso e vigorosas conquistas, principalmente de grandes e inesquecíveis amizades a todos os integrantes dessa bela família. Nunca passei de um ponteiro direito medíocre do time B. Tenho comigo, porém, uma grande admiração e lembranças da gente simples e festeira daí da Esquina Progresso.

IPA! URRA!  HÁH!

Saúde e vida longa para o São José e para nós todos!

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