Uma das diferenças entre os portugueses e espanhóis, é que nas touradas em Portugal, derrotado o touro é retirado da arena para ser sacrificado. Já na Espanha mata-se o touro na frente do público
Colonizados pelos lusos, nosso sangue nas veias corre ameno, sem a índole guerreira dos espanhóis. Somos pacíficos por natureza. É a nossa grande herança portuguesa. Claro, temos muitas e diversas misturas, mas no geral verifica-se esta tendência.
Deste comportamento social, do povo brasileiro, tiramos vantagens ou sofremos revezes dependendo da ocasião.
Em termos políticos, econômicos e sociais, nosso desenvolvimento dá-se desse jeito, lento e gradativo e até com retrocessos. Nossas conquistas vão acontecendo ponto a ponto. Detalhe por detalhe, sem derramamento de sangue!
Isso tem lá suas desvantagens, mas sem violências. Os grandes assuntos são inicialmente discutidos em plenários públicos, cansa-se o touro, para depois as decisões de fato serem acordadas, mata-se o touro, fora de cena, em reuniões fechadas sem platéia. Nós, os cidadãos, não assistimos á decisão final. Pela imprensa, por amigos ou de alguma outra forma indireta, “ficamos sabendo”, a conta-gotas, que mataram o touro, o que ficou resolvido sobre o assunto.
Tarde para lamentar, o touro esquartejado e dividido entre os amigos do rei, as leis estão aprovadas e nós os contribuintes pagamos a conta, com direito a um pedaço de carne de pescoço no máximo.
A chegada do PT ao poder deu-se dessa forma. Lenta e democrática, tudo na legalidade. Foram pelo menos 20 anos sem golpes, apesar das invasões do MST e o rechaço dos ruralistas, ou seja, não foi necessário derramamento de sangue.
Acredito que o exercício do poder máximo, à Presidência da República, pelo Partido dos Trabalhadores, foi a melhor coisa que aconteceu ao país nestes últimos anos.
Em primeiro lugar o medo que os não eleitores de Lula tinham com posturas radicais e estatizantes dissipou-se. A prática econômica do governo é de continuidade. Estamos inseridos numa economia global e decretar moratória, por exemplo, traria mais efeitos maléficos do que benéficos. O dólar caiu abaixo até do que se esperava, os investimentos aumentaram, tudo sinalizando crescimento.
Em segundo lugar, os radicais, estão vendo que não haverá cartadas populistas e pirotécnicas. As coisas têm que ser aos poucos. Nada de mágicas, que até podem dar votos em curto prazo, mas que em médio prazo são nocivas.
Os ânimos tendem a se apaziguar e haveremos de chegar a um grande entendimento nacional suprapartidário. Todos os grandes partidos já chegaram ao poder e isoladamente ninguém resolve os problemas. Partido algum, mesmo os que foram sempre do contra, conseguirá soluções econômicas sem alianças políticas. Ou seja, a solução passa pela pactuação pacífica. É assim a nossa revolução.
Não será desta vez, ainda, que o touro será morto no picadeiro.
Colonizados pelos lusos, nosso sangue nas veias corre ameno, sem a índole guerreira dos espanhóis. Somos pacíficos por natureza. É a nossa grande herança portuguesa. Claro, temos muitas e diversas misturas, mas no geral verifica-se esta tendência.
Deste comportamento social, do povo brasileiro, tiramos vantagens ou sofremos revezes dependendo da ocasião.
Em termos políticos, econômicos e sociais, nosso desenvolvimento dá-se desse jeito, lento e gradativo e até com retrocessos. Nossas conquistas vão acontecendo ponto a ponto. Detalhe por detalhe, sem derramamento de sangue!
Isso tem lá suas desvantagens, mas sem violências. Os grandes assuntos são inicialmente discutidos em plenários públicos, cansa-se o touro, para depois as decisões de fato serem acordadas, mata-se o touro, fora de cena, em reuniões fechadas sem platéia. Nós, os cidadãos, não assistimos á decisão final. Pela imprensa, por amigos ou de alguma outra forma indireta, “ficamos sabendo”, a conta-gotas, que mataram o touro, o que ficou resolvido sobre o assunto.
Tarde para lamentar, o touro esquartejado e dividido entre os amigos do rei, as leis estão aprovadas e nós os contribuintes pagamos a conta, com direito a um pedaço de carne de pescoço no máximo.
A chegada do PT ao poder deu-se dessa forma. Lenta e democrática, tudo na legalidade. Foram pelo menos 20 anos sem golpes, apesar das invasões do MST e o rechaço dos ruralistas, ou seja, não foi necessário derramamento de sangue.
Acredito que o exercício do poder máximo, à Presidência da República, pelo Partido dos Trabalhadores, foi a melhor coisa que aconteceu ao país nestes últimos anos.
Em primeiro lugar o medo que os não eleitores de Lula tinham com posturas radicais e estatizantes dissipou-se. A prática econômica do governo é de continuidade. Estamos inseridos numa economia global e decretar moratória, por exemplo, traria mais efeitos maléficos do que benéficos. O dólar caiu abaixo até do que se esperava, os investimentos aumentaram, tudo sinalizando crescimento.
Em segundo lugar, os radicais, estão vendo que não haverá cartadas populistas e pirotécnicas. As coisas têm que ser aos poucos. Nada de mágicas, que até podem dar votos em curto prazo, mas que em médio prazo são nocivas.
Os ânimos tendem a se apaziguar e haveremos de chegar a um grande entendimento nacional suprapartidário. Todos os grandes partidos já chegaram ao poder e isoladamente ninguém resolve os problemas. Partido algum, mesmo os que foram sempre do contra, conseguirá soluções econômicas sem alianças políticas. Ou seja, a solução passa pela pactuação pacífica. É assim a nossa revolução.
Não será desta vez, ainda, que o touro será morto no picadeiro.
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