A viagem se aproxima. A hora de embarcar está quase chegando e eu, como sempre, ainda não arrumei a mala. Fico matutando, fazendo mentalmente a lista das coisas. No último momento, quando não tem mais outro jeito, separo o que devo levar: o estritamente necessário. O problema é saber de antemão o que é, ou não, indispensável.
Faço um exercício de imaginação antecipando situações. Penso no local, no clima, nos encontros. Pessoas com as quais quero me encontrar. E as que não quero nem ver.
Levo tudo que é possível e que possa ser útil? Não parece a melhor forma. A mala cresce demais. As preocupações e o desconforto aumentam. Além de tudo é preciso espaço na bagagem para as recordações.
Seleciono. Tento reduzir. Corto. Acrescento algumas coisas supérfluas. Talvez eu as precise.
Procuro o equilíbrio segundo meu estado de espírito do momento. Examino a mala. Examino a mim mesmo.
É o processo pelo qual passo ao escrever uma crônica.
Explicar tudo nos mínimos detalhes, é encher com quinquilharias. Deixa de ser leve. Não sobra lugar para quem viaja. Para quem lê.
Cortar o máximo sem perder conteúdo. Deixar apenas o essencial sem comprometer o entendimento. Organizar sem embolar.
É fundamental preservar entrelinhas. Vazios propositais. Pseudo-esquecimentos que podem ser repostos no caminho. Adquiridos no destino. Souvenirs e lembranças. Frases incompletas e instigações. Tudo isso torna o passeio interessante, suave e inesquecível, apesar de breve.
Viajar exige espaço na bagagem para a volta. Escrever requer espaço para imaginação do leitor.
Faço um exercício de imaginação antecipando situações. Penso no local, no clima, nos encontros. Pessoas com as quais quero me encontrar. E as que não quero nem ver.
Levo tudo que é possível e que possa ser útil? Não parece a melhor forma. A mala cresce demais. As preocupações e o desconforto aumentam. Além de tudo é preciso espaço na bagagem para as recordações.
Seleciono. Tento reduzir. Corto. Acrescento algumas coisas supérfluas. Talvez eu as precise.
Procuro o equilíbrio segundo meu estado de espírito do momento. Examino a mala. Examino a mim mesmo.
É o processo pelo qual passo ao escrever uma crônica.
Explicar tudo nos mínimos detalhes, é encher com quinquilharias. Deixa de ser leve. Não sobra lugar para quem viaja. Para quem lê.
Cortar o máximo sem perder conteúdo. Deixar apenas o essencial sem comprometer o entendimento. Organizar sem embolar.
É fundamental preservar entrelinhas. Vazios propositais. Pseudo-esquecimentos que podem ser repostos no caminho. Adquiridos no destino. Souvenirs e lembranças. Frases incompletas e instigações. Tudo isso torna o passeio interessante, suave e inesquecível, apesar de breve.
Viajar exige espaço na bagagem para a volta. Escrever requer espaço para imaginação do leitor.
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