sexta-feira, 7 de maio de 2010

Evolução


Freqüentemente ouvimos expressões tais como: - Como o mundo está evoluído! - Hoje, com o progresso, tudo é fácil! - O quê vão inventar para o futuro? E assim por diante.

Cada um de nós, quando pára e pensa nas coisas modernas, nas invenções que surgem dia após dia, não pode deixar de fazer comparações com o passado. E mais, não pode deixar de questionar sobre o futuro da humanidade. Em todas as áreas aparecem novidades, numa espiral ascendente e cada vez mais veloz. Onde vamos parar? Quem há poucos anos imaginava o computador tomando conta de todas as casas? A internet? O celular?

Outras coisas banais, talvez, como o cartão magnético, a calculadora científica, para não falar em programável. Isso para quem usou tabela logarítmica é um avanço e tanto. Ou ainda a geladeira, para quem se criou comendo charque ou carne frita guardada na banha!

Meu avô já dizia: - Depois que inventaram a máquina de debulhar milho, eu não duvido de mais nada! Ele contava uma história da época que corria pelo mundo a notícia de que um brasileiro, Santos Dumont, estaria inventando o avião. Repetia o que ouviu de um incrédulo de então: - Se este brasileirinho fizer voar um objeto mais pesado que o ar, eu transformo cerne de angico em feijão preto!

Bom. Se por um lado, ( ou muitos) às coisa evoluem, por outro nem tanto. Tenho bons motivos para questionar certas coisas.

Por quê ainda não inventaram cera de assoalho sem cheiro? Leiteira onde o leite ao ferver não transborde? (Não vale estas que apitam e incomodam toda a vizinhança). Injeção sem dor? Sola de calçado repelente a sujeira? Chicle que não grude no sapato? Isqueiro que funcione sempre? Batom que não manche os dentes( que horror!) e nem o colarinho? Caneta esferográfica que não vaze? Faca que não perca o fio? Remédio eficiente contra prisão de ventre? Esmalte de unhas sem cheiro?

Quem inventará mil-folhas, o doce, que possa ser comido sem cair farelo? Picotador de papel que não engasgue? Tubo de cola que não resseque? Persiana eficiente? Uma gramática para língua portuguesa com mais regras que exceções?

E por aí vai. Faça você a sua lista.

Além disso eu tenho outras questões. Você já reparou nestas roupas que se compra prontas. Todas elas tem na etiqueta instruções mais ou menos assim: Lavar a mão. Usar sabão neutro. Secar à sombra. Não deixar de molho. Não secar em máquina!

É um absurdo total. Um despropósito, como se diria no passado. Então querem que lavamos toda a roupa à mão? Por quê então inventamos a máquina?

Acho que nem tudo está perdido, no entanto, muitas coisas ainda devem ser inventadas ou melhor: aperfeiçoadas. Novidades são benvindas, desde que venham para facilitar.

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