
Esta passagem está no livro O Tao da Física, de Fritjof Capra e me serve diariamente.
Conta o escritor, que um monge antes de ingressar no monastério olha para uma árvore e vê uma simples árvore. Olha para um rio e vê um simples rio. Olha para uma montanha e vê uma simples montanha.
Ao iniciar os longos anos de estudo e privação, sua mente muda e ele, lá no meio da formação, começa a se questionar. – Como eu era ignorante. Imagine que eu olhava para uma árvore e enxergava uma simples árvore. Olhava para o rio e enxergava um simples rio. Olhava para a montanha e enxergava uma simples montanha.
-Imaginem! Uma árvore é muito complexa. Cheia de vida, de vasos lenhosos, de seiva. A fotossíntese e tudo mais.
- Um rio então! Não é nada simples. A nascente, sua formação, os afluentes, o ciclo das águas, os peixes, sua foz. Um rio é um capítulo a parte. É bem interessante.
- E uma montanha? Vejam bem, uma montanha é algo extraordinário. Como ela se formou? Há quanto tempo? Sua gênese, seu interior, o quê será dela daqui a milhões de anos?
- Como eu era ignorante e não via as coisas!
O tempo passa e depois de muito estudar, ouvir, pesquisar, ler e praticar, finalmente o monge se forma e depois de muito tempo se torna um sábio.
Olha para uma árvore e vê uma simples árvore. Olha para um rio e vê um simples rio. Olha para uma montanha e vê uma simples montanha. É o ciclo da vida, da sabedoria. Primeiro enxergamos simples, sem complicações-ignorância. Quando começamos a aprender, também começamos a complicar, enquanto que a grande sabedoria é simplificar e isto é difícil, nem todos conseguem. Sempre que complicamos, com certeza pouco sabemos. A suprema sabedoria é simples e sem rodeios.
Há grandes contradições em relação para que servem ou não servem as coisas que aprendemos.
O escritor alemão Günther Grass, em seu livro de memórias “As Peles da Cebola”, conta que salvou-se pois sabia rastejar debaixo de um tanque de guerra, durante um ataque russo, e, de como sofria e tinha ódio do sargento que obrigava os soldados a rastejarem sob os blindados na neve durante os treinamentos para aprenderem. Mais tarde este aprendizado salvou-lhe a vida.
Noutra passagem conta como salvou-se por não saber andar de bicicleta. Aconteceu que um grupo da SS alemã ficou encurralado pelos soldados russos, o sargento líder da SS, decidiu que a fuga mais rápida e segura seria de bicicletas, as quais acharam em um porão abandonado. Günther não sabia andar de bicicleta. Sua função, então, seria dar cobertura com uma metralhadora aos companheiros na fuga, mal estes saíram à rua uma rajada do inimigo russo colheu a todos. Ele teve que fugir a pé pelos fundos, pulando de jardim em jardim e assim salvou sua vida.
Num caso, saber se proteger debaixo do blindado lhe salvou a vida, noutro, não saber andar de bicicleta também salvou lhe a vida.
É assim a vida e nem tudo tem explicações.
Conta o escritor, que um monge antes de ingressar no monastério olha para uma árvore e vê uma simples árvore. Olha para um rio e vê um simples rio. Olha para uma montanha e vê uma simples montanha.
Ao iniciar os longos anos de estudo e privação, sua mente muda e ele, lá no meio da formação, começa a se questionar. – Como eu era ignorante. Imagine que eu olhava para uma árvore e enxergava uma simples árvore. Olhava para o rio e enxergava um simples rio. Olhava para a montanha e enxergava uma simples montanha.
-Imaginem! Uma árvore é muito complexa. Cheia de vida, de vasos lenhosos, de seiva. A fotossíntese e tudo mais.
- Um rio então! Não é nada simples. A nascente, sua formação, os afluentes, o ciclo das águas, os peixes, sua foz. Um rio é um capítulo a parte. É bem interessante.
- E uma montanha? Vejam bem, uma montanha é algo extraordinário. Como ela se formou? Há quanto tempo? Sua gênese, seu interior, o quê será dela daqui a milhões de anos?
- Como eu era ignorante e não via as coisas!
O tempo passa e depois de muito estudar, ouvir, pesquisar, ler e praticar, finalmente o monge se forma e depois de muito tempo se torna um sábio.
Olha para uma árvore e vê uma simples árvore. Olha para um rio e vê um simples rio. Olha para uma montanha e vê uma simples montanha. É o ciclo da vida, da sabedoria. Primeiro enxergamos simples, sem complicações-ignorância. Quando começamos a aprender, também começamos a complicar, enquanto que a grande sabedoria é simplificar e isto é difícil, nem todos conseguem. Sempre que complicamos, com certeza pouco sabemos. A suprema sabedoria é simples e sem rodeios.
Há grandes contradições em relação para que servem ou não servem as coisas que aprendemos.
O escritor alemão Günther Grass, em seu livro de memórias “As Peles da Cebola”, conta que salvou-se pois sabia rastejar debaixo de um tanque de guerra, durante um ataque russo, e, de como sofria e tinha ódio do sargento que obrigava os soldados a rastejarem sob os blindados na neve durante os treinamentos para aprenderem. Mais tarde este aprendizado salvou-lhe a vida.
Noutra passagem conta como salvou-se por não saber andar de bicicleta. Aconteceu que um grupo da SS alemã ficou encurralado pelos soldados russos, o sargento líder da SS, decidiu que a fuga mais rápida e segura seria de bicicletas, as quais acharam em um porão abandonado. Günther não sabia andar de bicicleta. Sua função, então, seria dar cobertura com uma metralhadora aos companheiros na fuga, mal estes saíram à rua uma rajada do inimigo russo colheu a todos. Ele teve que fugir a pé pelos fundos, pulando de jardim em jardim e assim salvou sua vida.
Num caso, saber se proteger debaixo do blindado lhe salvou a vida, noutro, não saber andar de bicicleta também salvou lhe a vida.
É assim a vida e nem tudo tem explicações.
Porto Alegre, 03 de janeiro de 2009.
JORGE LUIZ BLEDOW
Muito Bem! Grande Kapra, seguindo sua frase, apenas um escritor. Adir
ResponderExcluirEm tudo que fazemos devemos tirar algum aprendizado, pois um dia podemos precisar até daquilo que achamos inútil saber.
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