
Uma frase que sempre cito e encontro nela sabedoria: - “Santa Ignorância!”. Não sei de onde surgiu, quem foi o primeiro. Mas encontrei-a há alguns anos no livro do navegador Almir Klink “Paratii Entre dois Pólos”, vem a ser o relato da viagem de 642 dias entre a Antártica e o Ártico a bordo do veleiro Paratii no período de 1989 a 1991.
Para mim a frase é magistral, pois Klink ao relatar a viagem, suas dificuldades, acertos e problemas, numa determinada altura solta a frase – “santa ignorância”, e confessa: -“ Se eu soubesse tudo o que iria passar e os problemas a enfrentar antes da empreitada, talvez eu teria desistido!”
É assim a nossa vida. Não temos controle de tudo e mal sabemos o que nos espera na primeira quebrada. Temos é que partir sem medo, quanto mais preparado melhor e à medida que os problemas vão surgindo, vamos resolvendo da melhor forma possível para ocasião. Nem sempre temos o “manual do escoteiro” para consultar, nem sempre temos alguém mais experiente para nos ajudar e na maioria das vezes as decisões tomadas de imprevisto não são as melhores. Vemos isso com o passar do tempo, porém, nada de culpas, pois no momento do aperto optamos pela solução disponível.
Para mim a frase é magistral, pois Klink ao relatar a viagem, suas dificuldades, acertos e problemas, numa determinada altura solta a frase – “santa ignorância”, e confessa: -“ Se eu soubesse tudo o que iria passar e os problemas a enfrentar antes da empreitada, talvez eu teria desistido!”
É assim a nossa vida. Não temos controle de tudo e mal sabemos o que nos espera na primeira quebrada. Temos é que partir sem medo, quanto mais preparado melhor e à medida que os problemas vão surgindo, vamos resolvendo da melhor forma possível para ocasião. Nem sempre temos o “manual do escoteiro” para consultar, nem sempre temos alguém mais experiente para nos ajudar e na maioria das vezes as decisões tomadas de imprevisto não são as melhores. Vemos isso com o passar do tempo, porém, nada de culpas, pois no momento do aperto optamos pela solução disponível.
Então mais uma vez saúdo: “- Santa Ignorância!”
Ainda outra frase de um brasileiro, aliás, o nosso escritor que mais vende no Brasil e no mundo, muito criticado, Paulo Coelho. Confesso que li todos os primeiros livros dele, hoje já não tenho paciência para lê-lo. No livro Brida ele descreve uma passagem maravilhosa. Pai e filha vão a praia. Eles molham as mãos no mar e o pai pergunta: - “Como está à água minha filha”?”, a filha responde, - “A água está muito fria, pai”.
Ato contínuo o pai pega a filha e joga na onda. A filha leva um susto mas logo se repõe quando o pai a seu lado também molhado pergunta: “Como está à água minha filha”?”, a filha responde, - “A água está ótima, pai”.
Vejam só que profundidade, que lição para vida. Sem comentários.
Fritjof Capra Ph.D., físico e teórico de sistemas, em “O Tao da Física”, conta duas passagens maravilhosas. Uma onde um novato entra para o Monastério. Ele está lá e acha que nada acontece e perde a paciência. Dirigi-se a um mais antigo e pergunta:
“- Não tenho o quê fazer?”
“- Já comeste seu mingau?”, responde o outro.
“- Não!”
“- Então. O quê estás esperando?”
O novato apanha sua tigela, o mingau e come tranquilamente. Termina e fica esperando e novamente perde a calma.
“- O quê faço agora?”
“- Já lavaste a tigela?”
“- Não!”
“- Então. O quê estás esperando?”
Ou seja, sempre temos coisas e mais coisas para fazer na vida e uma ação desencadeia outra imediatamente. Portanto, não fique aí parado, comece fazendo as pequenas coisas do cotidiano e chegarás a grandes realizações. Uma coisa atrás da outra, passo a passo.
A outra história de Capra fica prá outro dia.
Após de mais de um ano sem nos comtemplar com tuas crônicas, parece-se que retornaste com um exame de consciência por ter parado de escrever por tão longo tempo.
ResponderExcluirEstamos na expectativa de novas r contínuas crônicas.
"O quê estás esperando?"
Muito bom, fico aguardando a outra história do Capra
ResponderExcluirAss Adir
ResponderExcluirJorge,
ResponderExcluirElevemos nossas preces à Santa Ignorância. Ela opera milagres. As crônicas são a prova disso!
Abração,
Rubem
Grande Jorge,
ResponderExcluirPaz Ciência, Ciência da Paz. Acredito que a vida nessa permanência nos abrevia viver de ilusões. A crônica é um elogio a desenvolver a vida em direção ao simples. Gosto também de pensar assim.
Abrs,
Sander
Maravilha de crônica meu amigo Bledow,continue escrevedo e mande para os amigos,só não esqueça
ResponderExcluirde jogar tenis, porque se ficar somente escrevendo
sentado na frente do computador ficara obeso, sem
mobilidade para pegar aquelas bolinhas curtas na
rede. Um abração e feliz 2009 extensivos a sua
linda familia. HALINSKI
Alemão, realmente a genialidade é perceber que em pequenas frases do cotidiano, pronunciadas na sabedoria popular, trazem consigo verdadeiras filosofias de vida.
ResponderExcluirParabéns pela percepção e sensibilidade acerca deste tema.
André Mânica
Amigo Jorge, 30 anos se passaram, você continua cada dia mais dedicado a todos os assuntos que envolvem os meios sociais, visitei seu blog e fiquei muito satisfeito com todas suas manifestações de sua irreverência, continua o mesmo Jorge de 1980, porém mais experiente e cada dia mais aplicado e atento a todos os acontecimentos.
ResponderExcluirValeu amigo Jorge! Um grande abraço! Celi R. Souza