quinta-feira, 13 de outubro de 2016

CARTEANOS VETERANOS

            
Fazemos o RECONHECIMENTO, desse país continente de norte a sul, de leste a oeste, para chegar à conclusão de que somos uma nação forte. Na raça, na insistência, na amizade, na brasilidade, reconhecendo o valor desse povo.

     Vamos a campo para MEDIR bases, determinar limites e implantar referências. Determinar coordenadas, rumos e azimutes. Longitude, latitudes e altitudes, que tem a precisão absoluta e sempre conduzem direto ao coração. Não há tolerância quando se trata de confiança. Os métodos podem ser diversos, taqueometria, triangulação, poligonação eletrônica, trilateração, interseção, rastreamento, tudo com o mesmo objetivo de alcançar a excelência e harmonia entre topógrafos, cartógrafos e correlatos.

      Da pampa a amazônia, do litoral ao pantanal, da caatinga, ao planalto central, do agreste aos manguezais, levantamos a nossa autoestima que nos faz seguir em frente, de cabeça erguida, de peito estufado conquistando amigos fiéis para toda vida.

      Fazemos o VOO FOTOGRAMÉTRICO para obter imagens do litoral, da selva, das serras, montanhas e vales. Rios, lagoas, cidades e campos. Tudo vem na palma da mão.

      REAMBULAMOS a toponímia das desigualdades culturais.  O uai, o tche, o sangue bom, a “baarrba”, o “vixe”, o “conteinte”, o “qente”, o “deixz”, a “pexera”, o “cuma?”, o “trem bom”. Dançamos o xote, o forró, o samba, o cateretê, o rasqueado, o frevo, o coco, a trova, bumba meu boi. A hospitalidade e a troca de amabilidades é que valem e fazem a amarração e sobreposição de faixas e modelos. Relações fortemente apoiadas.

       Matamos a sede com chimarrão, água de coco, cachaça, açaí, a birita, o tererê, chá mate, o cafezinho, nesse sem cerimônia de velhos conhecidos. Almoçamos vatapá, feijoada, carne de sol, charque, macaxera, farinha, banana da terra, pão de queijo, jerimum, pupunha, ovos de tracajá, quebra bucho, churrasco, pamonha, a tapioca, o carreteiro, o barreado e outros que tais produzidos nessa cozinha de amigos.

       RESTITUÍMOS a verdade do terreno, com feições de confiança com todo cuidado e carinho. Penteamos mal-entendidos deixando as curvas sem arestas. Os fundos de vale serpenteantes nos levam a esses verdadeiros, profundos e nobres sentimentos, intermitentes, às vezes, mas permanentes na intenção, de águas límpidas, a perfeita representação da alma, num original fotogramétrico revisado e corrigido.

      Na pasta C101, vai à história da carta, a nossa história na verdade, de trabalho, de suor, risos e lágrimas, tudo registrado e cartografado para o futuro.

      Na GRAVAÇÃO, nossos valores trazidos dos mais longínquos rincões, são os verdadeiros traços que brilham quando colocados sobre a mesa luminosa de nossa luz própria e genuína, que resiste a todas as provas de traços, colagens e sobreposições.

        A JUNTADA FINAL, nas diversas cores, dos originais, scrybs e peel coats, somam tudo que construímos. Integram-se as nuances para essa policromia. O português, o africano, o europeu, o oriental, o índio que já estava aqui, todos se fundem em nuances, línguas, sotaques e sentimentos. Uma amostra do sensacional povo brasileiro. Aglutinado em suas diferenças.

     A IMPRESSÃO, já não é em offset nem digital. A CARTA final é o verdadeiro resultado das conquistas nesta caminhada orientada e que fazemos questão de registrar. Estado da ciência, da arte. Trazemos impregnados em nós todas essas fases não como trabalho, sofrimento, mas como conquistas pessoais e coletivas. Atraímos uns aos outros, refletimos sinais fortes, que mesmo de longe, bem longe, como o brilho do heliotrópio, são percebidos no fundo da alma e replicados em confiança mútua.

    Nossos sentimentos, estimas e grandes amizades, não são possíveis de serem medidos nem com telurômetro. São maiores e tão grandes e sólidos que só cabem mesmos na caderneta e na régua de cálculo que todos nós temos guardados no fundo do nosso coração de CARTEANO, que, tenho certeza, tem a forma de geóide.   

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