- o personagem, o próprio Alemão, acho que tem história se pesquisarmos um pouco;
- o carro, uma rural Willis, bem “véinha”;
Agora falta eu mostrar competência e escrever um texto convincente. Sem inventar, sem enfeitar muito vamos aos fatos.
O Alemão é pau-prá-toda-obra. Precisa de lenha para lareira, chama o Alemão, precisa de algum frete, chama ele.
Neste verão com chuvas e vendavais no fim de tarde, por esses dias o vento atirou longe a placa solar. Como também estamos em obras no porão, há muito lixo.
Ligo para ele, telefone que consigo com o soldador, outra figura, depois de algumas tentativas faço contanto. Mais alguns desencontros, e, agora, no sábado pela manhã me aparece o Alemão em pessoa e seu ajudante Mão.
Veem com a rural, claro, amarela desbotada, placas IIG-5459. Pneus carecas, tanque sem tampa, carroceria amarrada, portas sem trinco, ou seja; a própria lata velha.
Pergunto: - E a camionete? - 34 anos de casamento, é a resposta.
Respostas simples sem floreio. Eu vou fotografando sem eles notarem e pensando na história. Começo com uma foto geral na lateral, depois a traseira – onde fixou o triângulo e uma ferradura, o outro lado, a frente – tem até o símbolo burguês da mercedes, e, quando aponto a câmera um pouco mais acima vejo a frase no pára-brisas: PODER * LUTAR E VENCER!
Poderia escrever muito mais, mas sinto que, talvez, valha à pena investir na pesquisa dessas vidas. O auxiliar, a camionete, tudo junto dever resultar uma bela e comovente “h-estória” no lata-velha.
E com essa frase é meio caminho andado: PODER, LUTAR E VENCER!
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